Obesidade: Quais os Principais Riscos em Cada Fase da Vida
A obesidade é um distúrbio caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Apesar de ser associada à grande ingestão de alimentos e ao sedentarismo, não são apenas esses fatores que tornam uma pessoa obesa. Fatores genéticos influenciam muito no desenvolvimento ou não da obesidade.
Neste artigo, vamos explicar o que é a obesidade, a quais fatores está atrelada, como medi-la e os principais riscos que a doença pode trazer em cada fase da vida.
Afinal, o que é obesidade e como ela se desenvolve?
Como vimos, a obesidade é um distúrbio e pode ser causada por diversos fatores: hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, fatores genéticos, estilo de vida familiar, problemas médicos e, até mesmo, uso de medicamentos, como esteroides e antidepressivos.
Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada, em 2019, pelo Ministério da Saúde, a taxa de obesidade, no Brasil, passou de 11,8% para 19,8% entre 2006 e 2018 – atingindo cerca de 20% da população brasileira.
O estudo, que contou com a participação de 52.395 pessoas maiores de 18 anos, revelou também que, no período pesquisado, houve alta do índice de obesidade em duas faixas etárias: de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. A capital com menor índice de prevalência do distúrbio é São Luís, no Maranhão.
A obesidade pode ser diagnosticada por clínico geral, endocrinologista e nutricionista. Para o diagnóstico, alguns sintomas dos pacientes são considerados, tais como cansaço, suor excessivo, limitação de movimentos e dores nas colunas e nas pernas.
Obesidade e riscos à saúde
A obesidade pode ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças. No entanto, à medida que as pessoas envelhecem, os riscos de obesidade aumentam. Mudanças hormonais, estilo de vida menos ativo, assim como a diminuição de massa muscular e do metabolismo, levam a um aumento considerável de peso.
Confira, abaixo, os principais riscos do distúrbio em cada estágio da vida.
Obesidade infantil
Caracterizada pelo excesso de peso de crianças de até 12 anos, a obesidade infantil é uma doença extremamente preocupante, que pode envolver não apenas problemas psicológicos decorrentes do bullying, mas também o aparecimento de doenças cardiovasculares, diabetes e má formação do esqueleto.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma a cada três crianças de cinco a nove anos sofre com o sobrepeso.
Em parceria com a Imperial College de Londres, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 2022, o número de crianças obesas será superior ao de crianças abaixo do peso no mundo.
Obesidade na adolescência
Diferente dos adultos, a classificação de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, a partir do índice de massa corpórea (IMC), não se relaciona com a morbidade e a mortalidade, mas sim à adiposidade.
Estudos comprovam que a maioria dos adolescentes obesos se tornam adultos obesos e desenvolvem problemas como diabetes tipo 2, dislipidemias, doenças hepáticas e biliares, problemas ortopédicos, oncológicos e psicossociais.
Obesidade na fase adulta
Nessa fase, a obesidade pode decorrer da mudança hormonal e do metabolismo, bem como da inatividade, e desencadear problemas de saúde como hipertensão, doença cardíaca, diabetes tipo 2, osteodistrofia, infecção hepática gorda e pedras na vesícula biliar. De forma geral, nessa fase a perda de peso apenas com tratamentos clínicos é mais difícil, pois o organismo tende a jogar o peso do paciente sempre para o maior nível, sendo muito comum o efeito sanfona.
Como eu sei se sou obeso?
A obesidade é medida a partir do grau do IMC, que é o Índice de Massa Corporal. O IMC é calculado a partir de uma equação bem simples que envolve apenas o peso da pessoa (em quilogramas) e a altura (em metros).
IMC = peso (em quilos) ÷ altura² (em metros)
Apesar de ser bastante útil, o IMC não é a única ferramenta para se estimar os níveis de excesso de peso, sendo algumas vezes necessária a análise da composição corporal com bioimpedância ou DEXA scan.
Confira na imagem abaixo como é feita a classificação em relação ao IMC:
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